A situação envolvendo a possível contaminação por bebidas adulteradas com metanol continua a mobilizar as autoridades de saúde no país. No Rio Grande do Sul, uma recente atualização trouxe um alívio parcial: a Secretaria Estadual da Saúde (SES) anunciou que uma suspeita de intoxicação por metanol, que vinha sendo investigada na cidade de Santa Maria, localizada na Região Central do estado, foi descartada. Contudo, apesar deste desfecho positivo para um dos casos, o monitoramento persiste em outras ocorrências no território gaúcho.
Enquanto a investigação em Santa Maria foi concluída, a Pasta de Saúde reitera que outros potenciais incidentes seguem sob análise rigorosa, em colaboração estreita com o Ministério da Saúde. O panorama nacional, por sua vez, exige atenção contínua: um novo levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde na noite do domingo, 5 de novembro, revelou que o Brasil atingiu a marca de 225 notificações de intoxicação por metanol ligadas à ingestão de bebidas alcoólicas. Desses, 16 casos foram oficialmente confirmados, enquanto outros 209 permanecem na categoria de suspeitos, aguardando validação laboratorial e clínica. As fatalidades relacionadas, que somam 15 até o momento, continuam sendo investigadas em 13 das ocorrências.
Governo do RS descarta suspeita de intoxicação por metanol
O metanol é um álcool que, apesar de amplamente utilizado em diversas aplicações industriais – como em solventes e na composição de outros produtos químicos –, é altamente nocivo à saúde humana quando ingerido, mesmo em pequenas quantidades. O corpo humano, em sua tentativa de metabolizar essa substância estranha, acidentalmente a transforma em compostos ainda mais tóxicos. O fígado assume o papel de “vilão” nesse processo, convertendo o metanol em substâncias perigosas que afetam diretamente estruturas vitais como a medula óssea, o cérebro e o nervo óptico. Essa ação pode levar a consequências devastadoras, incluindo cegueira permanente, estados de coma profundo e até o óbito, além de poder causar falência pulmonar e renal. É crucial que a população esteja ciente dos graves riscos associados ao consumo de bebidas alcoólicas de procedência duvidosa.
Além da situação em Santa Maria, há um caso notificado no Rio Grande do Sul que ainda está em processo de averiguação. Este incidente refere-se a um homem de 38 anos, residente da capital, Porto Alegre, que reportou ter ingerido bebida alcoólica. As informações preliminares levantadas pelas equipes de saúde do estado indicam que a bebida supostamente consumida pelo paciente poderia ter sido originada no estado de São Paulo. Para obter clareza sobre os detalhes deste incidente e determinar a presença de metanol, amostras de sangue foram coletadas do indivíduo e estão sendo submetidas a análises laboratoriais minuciosas.
Comitê intersecretarial reforça combate a adulteração
Em uma medida preventiva para reforçar o combate a essa ameaça à saúde pública, o governo do Rio Grande do Sul, sob a liderança do governador Eduardo Leite, formalizou na sexta-feira, 3 de novembro, a constituição de um comitê intersecretarial. Este grupo multidisciplinar tem a responsabilidade de monitorar e responder com rigor a quaisquer indícios de bebidas alcoólicas que possam estar contaminadas com metanol no estado. A formação do comitê reflete a seriedade com que as autoridades gaúchas encaram a situação e o empenho em proteger a população. Acesse informações adicionais sobre a saúde pública no Brasil, em portal oficial do Ministério da Saúde.

Imagem: g1.globo.com
A iniciativa governamental congrega secretarias essenciais, como a Secretaria Estadual da Saúde (SES), a Secretaria de Segurança Pública e a Secretaria de Agricultura. A estrutura do comitê será fortalecida pela participação de diversos órgãos parceiros e de alta relevância, que contribuirão com suas respectivas expertises. Entre as entidades que integram essa força-tarefa estão o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que atua na linha de frente dos socorros; o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), responsável pela monitoramento epidemiológico; a Polícia Civil e a Brigada Militar, com o papel de investigação e garantia da segurança pública; e o Instituto-Geral de Perícias (IGP), fundamental nas análises técnico-científicas e periciais.
As Secretarias de Saúde do Rio Grande do Sul e do Município de Porto Alegre emitiram um comunicado em um sábado anterior, dia 4 de outubro, confirmando a notificação do caso suspeito na capital. De acordo com o comunicado conjunto, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) havia recebido, na época, duas notificações relacionadas à suspeita de metanol. Entretanto, uma delas foi prontamente descartada após uma avaliação preliminar, demonstrando a agilidade e o critério na apuração das informações. O caso remanescente sob investigação é, portanto, o do homem de 38 anos, morador de Porto Alegre, cuja ingestão de bebida alcoólica com suspeita de adulteração é o foco central da apuração. A referência à procedência paulista da bebida se mantém como um dos pontos cruciais a serem confirmados nas investigações em curso, para identificar a cadeia de contaminação e evitar novas ocorrências.
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A rápida resposta das autoridades do Rio Grande do Sul, incluindo o descarte de uma suspeita em Santa Maria e a formação de um comitê intersecretarial, sublinha a seriedade com que o estado encara o desafio das bebidas adulteradas com metanol. Embora um caso de intoxicação por metanol tenha sido descartado, a vigilância segue em Porto Alegre e no restante do país, evidenciando a necessidade de precaução ao consumir álcool. Continue acompanhando as notícias em nossa editoria de Cidades para mais atualizações sobre saúde e segurança em sua região.
Crédito da imagem: Arte/g1
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