A comoção persiste em Epitaciolândia, no interior do Acre, após o falecimento do professor de zumba Reginaldo Silva Corrêa, amplamente conhecido como Reggis. Familiares, amigos e a comunidade local manifestam profunda tristeza e indignação desde que seu corpo foi encontrado em uma cova rasa, em 1º de outubro, marcando seis dias de seu desaparecimento. Dois indivíduos apontados como suspeitos de envolvimento direto no crime já estão detidos.
O sepultamento de Reggis ocorreu na sexta-feira, dia 3 de outubro, sob intensa manifestação de luto por parte dos presentes. Ele havia sido visto pela última vez na noite de 29 de setembro. Naquela ocasião, ele informou à sua ex-esposa, Keloiza Lima Paiva, que realizaria uma entrega. Sendo a maior parte de sua família residente fora de Epitaciolândia, foi Keloiza quem formalizou o boletim de ocorrência sobre o desaparecimento.
Morte Professor Reggis: Detalhes do Caso Que Chocou o Acre
Pouco antes de sumir, Reggis, que havia retornado de uma viagem a Fortaleza, chegou a conversar novamente com Keloiza. A descoberta do seu corpo ocorreu em um terreno situado entre as residências dos dois principais suspeitos. A Polícia Civil do Acre continua as diligências para elucidar todas as circunstâncias que levaram ao trágico desfecho do caso Reggis.
Quem era Reggis, o Professor de Zumba que Marcou a Região
Com seus 44 anos, Reggis era uma figura muito querida, lembrado por sua energia vibrante e alegria contagiante. Sua partida gerou grande impacto em toda a região do Alto Acre desde o registro de seu sumiço. Além de ser acadêmico de Educação Física, ele atuava como agente territorial no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e dedicava-se ao ensino de dança no estilo zumba, além de ser coreógrafo. Reggis deixou uma filha de seis anos, e a confirmação de sua morte levou parentes, amigos e diversas instituições a divulgarem notas de profundo pesar.
O Detalhamento da Investigação e a Identificação dos Suspeitos
No mesmo dia em que o corpo do professor foi localizado, a Polícia Civil de Epitaciolândia efetuou a prisão de Victor Oliveira da Silva, de 27 anos, e de Marijane Maffi, de 46 anos, vizinha de Victor. Ambos são considerados os principais envolvidos na autoria e ocultação do cadáver de Reginaldo Silva Corrêa.
Durante o interrogatório, Victor Oliveira da Silva confessou o assassinato, narrando os eventos que culminaram na morte do professor. Ele afirmou ter atraído Reggis até sua casa com a intenção de reatar um suposto relacionamento afetivo que teriam mantido. Conforme seu depoimento, uma discussão teve início entre os dois, e, no decorrer do embate, Victor teria aplicado um golpe conhecido como “mata-leão”, que teria deixado o professor desacordado. Pouco depois, o suspeito constatou a ausência de batimentos cardíacos na vítima.
Silva ainda revelou à polícia que passou a noite subsequente ao crime com o corpo de Reggis em seu próprio quarto. Somente na manhã seguinte ele teria realizado o enterro. A prisão preventiva de Victor Oliveira da Silva foi decretada, e ele permanece sob custódia, aguardando os próximos passos do processo judicial, em conformidade com o que dispõe a legislação brasileira sobre direito penal e prisões, cujas nuances podem ser melhor compreendidas através de informações disponibilizadas por instituições como o Conselho Nacional de Justiça.
A Participação de Marijane Maffi no Crime
Conforme a confissão de Victor, ele solicitou a Marijane Maffi que levasse o carro de Reggis para a Bolívia, com o objetivo de eliminar evidências do crime. Para convencer Marijane a ajudá-lo, Victor teria inventado que estava comercializando o veículo e que haveria um comprador na cidade boliviana de Cobija, vizinha a Epitaciolândia. Enquanto Marijane estava fora, Victor declarou ter ido até a casa dela para pegar ferramentas utilizadas no enterro do corpo de Reggis.
A Justiça havia concedido a Marijane a liberdade provisória, condicionada ao uso de tornozeleira eletrônica e ao pagamento de uma fiança estipulada em R$ 10 mil. Contudo, ela não efetuou o pagamento do valor e, por isso, permanece presa. Existe a previsão de que ambos os suspeitos sejam transferidos para uma unidade prisional em Rio Branco.
Em seu próprio depoimento, Marijane negou veementemente ter qualquer tipo de amizade com Victor, bem como negou participação no homicídio de Reggis. Ela corroborou a narrativa de Victor apenas quanto à insistência para levar o carro, afirmando ter deixado o veículo em Cobija após as múltiplas solicitações do jovem. Marijane alegou ter ido à cidade boliviana por volta da meia-noite do dia 26 de setembro, mas, como o suposto comprador não apareceu, ela retornou para casa. Segundo ela, Victor teria voltado a insistir que ela levasse o carro, afirmando que não seria necessário aguardar o aparecimento de alguém.
“[…] tinha conhecimento que o carro era da vítima Reginaldo, contudo o conhecia apenas pelo apelido de ‘bebê’. […] diante os apelos de Victor, a interrogada atendeu novamente o pedido, voltou para a Bolívia com o carro de Reginaldo, e deixou o veículo com a chave dentro”, é o trecho exato de seu relato no documento.
A Chegada da Polícia aos Suspeitos e o Carro de Reggis
A linha investigativa crucial que conduziu as autoridades aos suspeitos teve início com a análise de um notebook pertencente a Reggis. Nele, foram identificadas conversas entre a vítima e Victor Silva em um aplicativo de mensagens. Dado que Victor já era monitorado eletronicamente pela Justiça por conta de um delito anterior, os investigadores conseguiram determinar o endereço de uma obra onde ele trabalhava. Lá, ele foi abordado e levado para depor. Conforme a guarnição policial, Victor começou a chorar logo após a abordagem e prontamente admitiu ter matado Reggis, guiando os policiais até o local exato onde o corpo estava sepultado.
Paralelamente, as autoridades policiais da Bolívia conseguiram localizar o veículo de propriedade do professor e o entregaram à Polícia Civil do município acreano vizinho. O automóvel será submetido a uma perícia minuciosa na busca por elementos que possam adicionar novas informações e colaborar com o esclarecimento integral dos detalhes que envolvem este complexo caso.
Confira também: crédito imobiliário
Acompanhe no HoradeComeçar.com.br as próximas atualizações sobre a investigação da morte do professor Reggis e outros eventos relevantes que impactam a região. Para mais análises e notícias detalhadas, continue explorando nossa seção de Cidades.
Crédito da imagem: Arquivo pessoal / Arquivo da Polícia Civil
🔗 Links Úteis
Recursos externos recomendados