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Neuralink Envia Dados de Implantes Cerebrais para Revista Científica

A Neuralink, empresa de tecnologia de Elon Musk focada em implantes cerebrais, deu um passo significativo ao submeter um artigo científico a uma revista renomada. O material detalha os resultados preliminares de alguns de seus pacientes, marcando a primeira vez que a companhia divulga dados humanos em uma publicação com revisão por pares. Este avanço […]

A Neuralink, empresa de tecnologia de Elon Musk focada em implantes cerebrais, deu um passo significativo ao submeter um artigo científico a uma revista renomada. O material detalha os resultados preliminares de alguns de seus pacientes, marcando a primeira vez que a companhia divulga dados humanos em uma publicação com revisão por pares. Este avanço é crucial para a validação independente de sua tecnologia.

O periódico escolhido para a submissão foi o prestigiado New England Journal of Medicine. Segundo informações fornecidas por Michael Lawton, CEO e presidente do Barrow Neurological Institute – uma das instalações que participam dos testes clínicos da Neuralink –, o artigo descreve o quadro dos três primeiros pacientes que receberam o implante do dispositivo Neuralink. Os dados submetidos abrangem informações cruciais sobre a segurança e a performance inicial da inovadora interface cérebro-máquina.

Neuralink Envia Dados de Implantes Cerebrais para Revista Científica

A Neuralink Corp. integra um grupo seleto de companhias que se dedicam ao desenvolvimento de interfaces cérebro-computador (BCIs), uma tecnologia promissora que viabiliza a comunicação direta entre o cérebro humano e dispositivos eletrônicos externos. Fundada pelo visionário Elon Musk, a empresa tem atraído vasta atenção global e investimentos substanciais, superando a marca de US$ 1 bilhão em captação de recursos e atingindo uma avaliação de mercado de US$ 9 bilhões em sua mais recente rodada. No entanto, até então, os dados resultantes dos testes em humanos da Neuralink aguardavam publicação e revisão por pares, o que impedia a comunidade científica de avaliá-los formalmente.

A expectativa em torno desta submissão é alta. Com a análise e subsequente publicação dos resultados, cientistas e pesquisadores de outras instituições terão a oportunidade de escrutinar de forma independente a eficácia e a segurança dos dispositivos da Neuralink. Este processo de validação é essencial para a credibilidade e o avanço da neurotecnologia como um todo.

A presença de Elon Musk à frente da Neuralink impulsionou consideravelmente o campo das BCIs, canalizando investimentos e acelerando pesquisas em diversas outras empresas e centros acadêmicos que também trabalham ativamente na área. Muitas dessas outras instituições já possuem um histórico consolidado de publicações revisadas por pares, o que eleva a importância da atual submissão da Neuralink para sua reputação científica.

Michael Lawton revelou os detalhes da submissão durante uma conversa à margem de uma conferência especializada em implantes cerebrais, realizada em Nova York e organizada pelo Mount Sinai Health System. Apesar de confirmar a submissão, Lawton optou por não fornecer informações adicionais sobre o conteúdo específico do artigo ou os resultados detalhados, citando a necessidade de sigilo antes da revisão e potencial publicação. A Neuralink, por sua vez, não se manifestou publicamente em resposta a pedidos de comentários sobre a submissão.

Anteriormente, a empresa informou que doze pessoas já haviam recebido seu implante cerebral. Essa é uma quantidade considerável para os primeiros estágios de testes de uma tecnologia tão avançada, evidenciando o ritmo acelerado com que a Neuralink opera.

Neuralink Envia Dados de Implantes Cerebrais para Revista Científica - Imagem do artigo original

Imagem: www1.folha.uol.com.br

Ambições e Metas Futuras da Tecnologia de Implantes Cerebrais

As aspirações da Neuralink vão além da simples interface para pacientes com deficiências. DJ Seo, presidente da empresa, mencionou em setembro planos ambiciosos para implantar o dispositivo em uma pessoa saudável até 2030. Esta visão de longo prazo sugere uma expansão significativa do uso da tecnologia, muito além de suas aplicações médicas iniciais. Contudo, até o momento, os dispositivos cerebrais desenvolvidos para controle de computadores são aplicados experimentalmente apenas em indivíduos que apresentam necessidades médicas severas, reforçando o foco da pesquisa em cenários de alta prioridade clínica.

Lawton, por outro lado, apresentou uma perspectiva um tanto mais ponderada. Embora ele tenha reiterado a visão da Neuralink de estender seus dispositivos para “praticamente qualquer pessoa que possa ter uma possível necessidade”, ele enfatizou, durante um painel moderado pela Bloomberg News na mesma conferência, que a empresa está “muito longe” de realizar implantes em indivíduos saudáveis. Lawton afirmou categoricamente que a companhia tem sido “muito meticulosa em focar em pacientes doentes com deficiência”, priorizando o auxílio a pessoas que enfrentam condições debilitantes e que podem se beneficiar mais imediatamente da tecnologia.

Em termos de metas comerciais e operacionais, a Neuralink possui projeções igualmente arrojadas. A empresa estabeleceu a meta de realizar o implante de seus chips em 20.000 pessoas anualmente até 2031. Paralelamente, espera gerar uma receita anual de, pelo menos, US$ 1 bilhão. Essas projeções ressaltam não apenas o compromisso com a inovação médica, mas também o potencial de transformar a Neuralink em um ator econômico relevante no cenário da alta tecnologia.

Além da função primária de controle de computadores para pacientes com paralisia ou outras deficiências motoras graves, a Neuralink também investe no desenvolvimento de chips para diversas outras aplicações terapêuticas e funcionais. Entre os projetos em andamento, destacam-se chips desenhados para restaurar a visão, possibilitar a leitura da fala diretamente do cérebro de indivíduos com dificuldades de comunicação, e até mesmo oferecer tratamentos avançados para doenças neurodegenerativas como o Parkinson. A ambição é, portanto, multimodal, buscando abordar um amplo espectro de desafios médicos por meio da neurotecnologia.

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A submissão desses dados de pacientes pela Neuralink à análise científica representa um marco vital para a empresa e para o avanço da neurociência e da engenharia biomédica. Enquanto a comunidade aguarda os resultados dessa revisão por pares, o foco permanece na promessa dessa tecnologia de transformar a vida de milhões de pessoas com deficiências. Continue acompanhando a seção de Economia em nosso portal para mais novidades sobre inovações tecnológicas e seus impactos no mercado.

Crédito da imagem: GONZALO FUENTES/Gonzalo Fuentes – 16.jun.2023 / Reuters

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