Uma força-tarefa implementada pelo governo de São Paulo conduziu à prisão de 20 suspeitos por adulteração de bebidas alcoólicas no estado. As detenções ocorreram no período de uma semana, entre 30 de setembro – data da criação do grupo de crise – e esta terça-feira, 7 de outubro. A informação foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) por meio de sua assessoria de imprensa, que não detalhou a situação atual dos detidos, os locais das prisões ou as acusações específicas.
De acordo com apurações policiais, os indivíduos podem enfrentar acusações que variam desde infrações relativas às “relações de consumo” e “falsificação de produtos” até crimes mais graves, como homicídio ou formação de organização criminosa, em situações de óbitos ou lesões graves. A reportagem busca contato com as defesas dos suspeitos para obter seus posicionamentos.
20 Presos em SP por Adulteração de Bebidas Alcoólicas
A iniciativa de combate à adulteração foi lançada após uma série de incidentes de intoxicação por metanol serem reportados no estado. Em São Bernardo do Campo, na região metropolitana, uma jovem de 30 anos tornou-se a terceira vítima fatal de intoxicação por metanol nesta segunda-feira, 6 de outubro. Este caso específico, envolvendo a ingestão de uma bebida adulterada, ainda aguarda avaliação oficial pelo grupo de trabalho governamental. Os dois primeiros óbitos confirmados relacionados ao consumo de metanol foram registrados na capital paulista.
Consequências Graves e Investigação Policial
Policiais ouvidos durante a apuração indicaram que, em ocorrências de falecimento devido ao metanol presente em bebidas, os responsáveis pela adulteração podem ser processados por homicídio ou participação em organização criminosa. Essa mesma linha de entendimento seria aplicada aos autores de adulterações que causaram a internação de vítimas com sérios problemas de saúde, como cegueira permanente, implicando também a acusação de lesão corporal.
Conforme divulgado pela Agência de Notícias do governo paulista, até a segunda-feira, 15 casos de intoxicação por ingestão de metanol estavam oficialmente confirmados no estado. O levantamento também aponta para 164 casos adicionais sob suspeita de intoxicação por metanol, resultando em seis óbitos. Destes, três faleceram na cidade de São Paulo, dois em São Bernardo do Campo e um em Cajuru. Um comunicado do governo estadual enfatiza que “todos os óbitos em investigação e confirmados são de homens”.
Origem da Contaminação: As Hipóteses da Polícia Civil
A Polícia Civil de São Paulo trabalha com duas principais linhas de investigação para entender como as bebidas alcoólicas foram contaminadas com metanol. A primeira, conforme declarado pelo governador Tarcísio de Freitas, sugere que o metanol poderia ter sido empregado na higienização de garrafas recicladas que não foram devidamente destinadas à reciclagem, mas sim reintroduzidas no mercado ilegal. A segunda hipótese investigada aponta para a utilização do metanol com o propósito de ampliar o volume de bebidas falsificadas. Existe a possibilidade de que falsificadores, sem conhecimento da contaminação, tenham pretendido adicionar etanol puro, mas acabaram usando um produto impuro que continha metanol.

Imagem: g1.globo.com
Governo Estadual Descartada Envolvimento de Facções
No final de setembro, em 30 de setembro, a Polícia Federal (PF) iniciou investigações sobre um possível envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) na adulteração de bebidas. Contudo, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo prontamente refutou a participação da facção criminosa nesse tipo de atividade ilícita. É crucial ressaltar que a intoxicação por metanol é uma condição grave, com potencial para provocar cegueira permanente e ser fatal. Este composto perigoso não só se encontra em bebidas alcoólicas clandestinas e adulteradas, mas também em uma série de outros produtos como combustíveis, solventes e produtos de limpeza, alertam as autoridades.
A Superintendência de Polícia Técnico-Científica confirmou a presença de metanol em amostras de bebidas coletadas em duas distribuidoras do estado após análises periciais. O governo paulista anunciou recentemente sua intenção de requerer à Justiça a destruição de todo o material apreendido durante as operações de fiscalização, incluindo garrafas, rótulos, lacres, tampas e selos. Desde o início das ações de combate à adulteração de bebidas, um total de 10 mil garrafas foram retiradas de circulação.
Ações contínuas visam proteger a saúde pública, controlando a proliferação de bebidas adulteradas e punindo os responsáveis, conforme previsto na regulamentação para produção de bebidas no Brasil. As autoridades permanecem atentas aos desenvolvimentos e solicitam à população que denuncie atividades suspeitas.
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As notícias sobre as operações contra a adulteração de bebidas em São Paulo e os perigos do metanol ressaltam a importância da fiscalização contínua para a segurança alimentar e a saúde pública. Para mais informações e atualizações sobre as ações do governo e os impactos na comunidade, continue acompanhando nossa editoria e fique por dentro de todos os desdobramentos desta e de outras notícias relevantes.
Crédito da imagem: Foto: Divulgação
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